Mitos e verdades sobre os tubarões
MITO: Os tubarões não pensam.
REALIDADE: Falso. Em
alguns aquários e laboratórios, tubarões foram treinados para golpear
objetos coloridos e formas com o objetivo de receber alimento. Também
foram condicionados para subir à superfície e se apresentar sozinhos
para realizar procedimentos veterinários. Estes condicionamentos
demonstram que são capazes de aprender.
MITO: Os tubarões afundam se param de nadar.
REALIDADE: Isso é
verdade para a maioria, mas não para todas as espécies. Os tubarões
conseguem manter certa flutuabilidade, mas se param de se mover, afundam
pela ausência da bexiga natatória cheia de ar, presente na maioria dos
peixes vertebrados.
MITO: Os tubarões comem indiscriminadamente
REALIDADE: Falso. A
forma distinta das várias espécies de tubarões indica que possuem dietas
muito especializadas. Alguns tubarões, como o tubarão-mako, possuem
dentes pontiagudos e lisos para perfurar e capturar presas rápidas.
Outros, como o tubarão branco, possuem dentes serrilhados para arrancar e
mastigar pedaços grandes de carne. Outros possuem dentes trituradores
planos, como o Heterodontus francisci, adequados para comer crustáceos e
moluscos. Por último, existem dentes com funções muito específicas,
como os do tubarão-tigre, que são projetados para cortar através das
carapaças das tartarugas marinhas, seu prato predileto. Cada espécie
possui uma dieta única, mas às vezes, podem confundir sua presa natural
com alguma coisa diferente… como pneus de borracha e surfistas
desavisados!
MITO: A população de tubarões é estável e não está ameaçada
REALIDADE: Falso. Como
resultado da pesca excessiva e da captura equivocada em redes e linhas
dirigidas a outras espécies, os tubarões estão em rápido declínio. Cerca
de 250 mil são mortos diariamente. Algumas populações estão em franco
declínio, como a do tubarão-martelo, que diminuiu cerca de 89% durante
as últimas duas décadas. Como grandes predadores do oceano, os tubarões
ajudam a limpar os mares, caçando peixes feridos ou doentes. Se sua
proteção não for assegurada, a, as populações de tubarões continuarão
diminuindo.
Tubarões no cinema :
Os tubarões foram trazidos em 1975 à
atenção do público de uma forma forçada e memorável, por meio de
“Tubarão” (Jaws), o lendário filme de Steven Spielberg sobre um grande
tubarão-branco “comedor de homens”. Baseado numa série de ataques reais
de tubarões em New Jersey, em 1916, “Tubarão” transformou-se em um
grande sucesso no mundo inteiro, apesar das imagens chocantes dos
ataques e do grande suspense da ação. Spielberg e sua equipe construíram
uma extraordinária réplica mecânica de um tubarão em tamanho natural (à
qual deram o nome de Bruce), que foi usada em muitas cenas do filme,
embora a maioria das imagens mais impressionante tenha sido feita com
tubarões-brancos de verdade, filmados por mergulhadores de dentro de uma
jaula.
Tentativas posteriores de trazer tubarões
para as telas não tiveram sucesso. O filme “Do fundo do mar” (1999),
sobre um grupo de cientistas que acidentalmente cria um trio de tubarões
superinteligentes “comedores de homens”, enquanto investigam a cura
para a doença de Alzheimer, foi muito menos empolgante que “Tubarão” e
não contribuiu em nada para melhorar a relação entre os humanos e os
tubarões. A única exceção foi o filme de desenho animado “Procurando
Nemo” (2003), no qual Barry Humphries interpreta com maestria um feroz
tubarão australiano que tenta alterar os seus hábitos predatórios. E
qual era o nome do tubarão? Bruce, é claro.
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