Muitas vezes
torna-se difícil separar o facto da ficção, sobretudo no que diz
respeito aos animais, onde inúmeros mitos abundam e são passados de
pessoa em pessoa sem se questionar a veracidade dos mesmos. O
comportamento animal, diversas vezes incompreendido pelo ser humano –
porque um gato se comporta como um gato, um cão como um cão, um elefante
como um elefante – dá origem ás mais diversas especulações.
Nesta
lista, compilada pela Discovery / Animal Planet, vais conhecer o
veredicto de 10 grandes mitos no mundo dos animais. Uns são verdadeiros,
outros não passam de lendas urbanas.10. Os elefantes nunca esquecem
A expressão “tens memória de
elefante” pode ter origem no facto de que são os animais terrestres com o
maior cérebro do planeta e, aparentemente, quanto maior a massa
cerebral, melhor é a memória. Os elefantes, recordistas pela sua força,
são capazes de reter mentalmente o mapa de toda a região onde habitam –
estamos a falar de áreas com milhares de quilómetros quadrados.
Os
elefantes vivem em grupos e, quando um grupo fica muito grande, a filha
mais velha separa-se do mesmo e inicia a sua própria jornada, sem no
entanto esquecer as suas raízes: um investigador já testemunhou uma mãe e
uma filha a reconhecerem-se depois de 23 anos de separação total. Veredicto: Verdadeiro9. Os crocodilos são bebés chorões
Uma velha fábula diz-nos que os
crocodilos choram quando estão a matar e comer as suas presas. O que
acontece na realidade, é que estes gigantes predadores não podem
mastigar, então são forçados a rasgar a carne e engolir esses pedaços
inteiros. Por acaso, as glândulas que mantém os seus olhos húmidos estão
bem perto das suas gargantas, pelo que o esforço que fazem ao engolir
os pedaços de carne lhes provocam, efetivamente, o lacrimejar dos olhos.
Veredicto: Verdadeiro8. As lebres de Março são loucas
A expressão “és louco como uma
lebre de Março” não é muito comum hoje em dia, mas era moda no século
XVI. Naquela altura, a expressão refletia o comportamento alterado das
lebres durante a época de acasalamento – que na Europa é precisamente no
mês de Março – bastante diferente da habitual timidez e descrição
destes animais. Na época de acasalamento, é comum as lebres tornarem-se
agressivas e terem confrontos físicos semelhantes a boxe.
Veredicto: Verdadeiro7. As marmotas conseguem prever a chegada da Primavera
Diz a lenda que no dia 2 de
Fevereiro, todas as marmotas terminam a sua hibernação e saem das suas
tocas. Se virem a sua sombra, é porque o Inverno dura mais seis semanas;
se não virem, é porque está a Primavera a caminho. O que acontece é que
as marmotas preparam um período de 6 a 7 meses de hibernação ingerindo
cerca de 1/3 do seu peso numa base diária. Quando emergem, isso é na
verdade uma resposta biológica ás alterações na luz e na temperatura,
que dão indicações precisas sobre o clima e portanto, sobre a chegada da
Primavera.
Veredicto: Verdadeiro6. Os morcegos são cegos
Esta especulação foi uma
consequência do facto de os morcegos se guiarem através de uma forma de
sonar e, com isso, voar em plena escuridão e evitar obstáculos. No
entanto os seus olhos, apesar de serem pequenos e por vezes pouco
desenvolvidos, são também perfeitamente funcionais.
Veredicto: Falso5. Cão velho não pode ser ensinado
Lá porque um cão se está a
aproximar da sua idade mais avançada, não significa que não possa
aprender coisas novas. De facto, com um treino de cerca de 15 minutos
diários durante umas duas semanas, o cão mais velho ou teimoso aprende a
sentar, pegar ou rebolar. O ditado de que o cão velho não aprende é
para ser levado menos para o lado dos cães e mais para o lado de nós
próprios.
Veredicto: Falso4. Dentes em galinhas são muito raros
Houve um período em que esta
expressão era frequentemente utilizada, para descrever algo muito raro
ou difícil de encontrar. Se voltarmos um tempo atrás – muito tempo
atrás, 150 milhões de anos – encontramos a ancestral das galinhas
chamada Archaeopteryx, equipada com plumas, garras e um bico cheio de
dentes em forma de cone. Os cientistas não só descobriram que as
galinhas ainda possuem o ADN necessário para desenvolver os dentes, como
o colocam em prática.
Veredicto: Falso3. Os camelos armazenam água nas suas bossas
Os camelos podem sobreviver sete
dias sem beber água, mas ao contrário do que se pensava, não armazenam
este líquido vital nas suas bossas. Eles são capazes de evitar a
desidratação que se torna fatal para a maioria dos outros animais, muito
graças à forma oval dos glóbulos vermelhos que possuem no seu sangue
(ao contrário da forma circular dos glóbulos vermelhos mais comuns).
Quanto
ás bossas, são um grande armazém de gordura que fornecem ao camelo a
quantidade de energia equivalente a três semanas de alimento. A retenção
da água, por sua vez, é efetuada nos rins e nos intestinos do camelo.
Estes órgãos são tão eficientes que a urina do camelo é tão espessa como
um xarope e as suas fezes tão secas que até servem de combustível para
fogos.
Veredicto: Falso2. As bichas-cadelas vivem dentro dos nossos ouvidos
Que ideia aterradora não é? As
bichas-cadelas, também conhecidas como bichas-tesouras ou simplesmente
tesourinhas, são insetos que procuram lugares quentes e húmidos, mas é
pouco provável que vão escolher os nossos ouvidos. Mesmo que o fizessem,
não conseguiriam ir longe: existe um osso no nosso canal auditivo que a
impediria de escavar ou até de colocar ovos. Podem dormir mais
tranquilos.
Veredicto: Falso1. Os lemingues suicidam-se
Quem esteve atento ao Mundo dos
Animais reparou que, há umas semanas atrás, falamos do outro lado dos
vídeos com animais e mais concretamente na famosa cena do suicídio dos
lemingues num documentário, que muita polémica – e com razão – acabou
por dar.
O mito deste suicídio teve início em 1530, quando um
geógrafo propôs essa teoria para explicar os lemingues a “cair do céu” –
levados por tempestades de vento. Desde essa altura e até meados do
séc. XX, pensou-se que os lemingues praticavam suicídio em massa, mas o
que acontece é que os animais morrem durante as maiores migrações por
acidentes naturais (como afogamento ao tentarem atravessar um rio
demasiado largo) ou simplesmente doenças e velhice.
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